terça-feira, 20 de outubro de 2009
Aos meus alunos do Zanella
Muitas vezes se aprende com os alunos, onde cada um em particular com uma turma apresenta seu perfil de caráter, percebendo-se que um é diferente do outro e que é gratificante realizar trabalhos onde percebe-se que todos gostam, aprendem e ao mesmo tempo brincam.
Não podemos esquecer que somos todos iguais(matéria) e não podemos deixar de lado a inclusão que é um passo fundamental para a valorização do ser humano.
O aproveitamento e a valorização do que estava pronto para ser jogado fora, a importância da reciclagem e seus benefícios para a sociedade e meio ambiente que foram amplamente difundidos na mente dos alunos através desses trabalhos os ajudam em suas caminhadas rumo a um futuro melhor.
Espero que todos tenham compartilhado deste sentimento em relação aos trabalhos, percebendo além do conhecimento que todos somos capazes de criar, inventar e construir objetos diferentes.
Novamente parabéns a todos.
A reciclagem e a geometria
Este projeto surgiu como uma possibilidade de proporcionar aos alunos uma aprendizagem mais contextualizada e significativa dos tópicos de um campo essencial e belo da matemática: o campo geométrico.
As crianças desde pequenas realizam experiências, analisam os objetos e suas formas, orientam-se, descobrem propriedades, estabelecem relações e gradativamente vão tomando posse do espaço.
O trabalho do professor com a geometria na escola, deve necessariamente se apoiar na vivência do aluno, nas relações espaciais que intuitivamente aprendeu a estabelecer. Nessa medida, não se trata de um trabalho inusitado, que se inicie a partir de algo desconhecido para a criança, mas de um aprofundamento da sua experiência com o ambiente, baseado na observação, nas ações, etc.
As experiências do individuo com o espaço ocorrem frequentemente, no ambiente em que vive desde a idade mais precoce e dessas experiências vai se constituindo um referencial a partir do qual tal individuo passa a observar sistematicamente esse espaço, localizando-se nele e adquirindo conhecimento geométrico. A exploração de corpos geométricos constitui-se em importante ponto de partida para o ensino da Geometria.
A geometria assim como outros campos da matemática, favorecem o desenvolvimento da criatividade, busca de soluções de problemas e oportunidades para que as crianças comuniquem suas idéias.
Buscou-se oportunizar aos alunos a exploração desses corpos geométricos na construção de brinquedos como carros, barcos, aviões, entre outros. Utilizou-se na confecção desses brinquedos material reciclado como: caixas de leite, rolos de papelão, garrafas pet, etc.
Este projeto constitui uma excelente oportunidade para a interdisciplinaridade, pode envolver as disciplinas de Matemática (descobrindo linhas retas e curvas, polígonos, poliedros e circunferências), de Português (descrevendo os objetos criados), História (contextualizando a época, por quem e para que foram desenvolvidos) e Educação Artística (produzindo os brinquedos com estética e criatividade).
A arte, enquanto linguagem, interpretação e representação do mundo, é um instrumento essencial para o desenvolvimento da consciência, pois possibilita o contato da pessoa com seu universo interior e com a realidade em que vive.
Objetivos
Apreender a linguagem matemática por meio da leitura e interpretação da realidade, sendo capaz de exprimi-la com clareza oral, textual e gráfica; Apropriar-se dos processos de construção matemática das artes visuais, sendo capaz de reconhecê-la por meio de sua leitura e interpretação, bem como reconhecê-la nos fenômenos naturais, físicos e sociais; Desenvolver a capacidade de formular hipóteses, conjecturar, analisar, experimentar processos físicos, naturais, sociais, culturais e econômicos, a fim de construir argumentações; Compreender o valor da matemática nas construções sociais e culturais humanas, bem como entender seu processo de desenvolvimento.
Objetivos
Reconhecer, segundo sua realidade, os elementos geométricos, as formas e suas relações; Construir os conceitos geométricos e ser capaz de fazer conexões entre eles e as demais áreas do conhecimento.
Objetivos
sábado, 12 de setembro de 2009
MEMORIAL REFLEXIVO
Sou natural de Ouro, cidade do meio oeste catarinense, primogênito dos três filhos de Guido e Maria, por incrível que pareça, todos professores. Trabalho atualmente como professor da Secretaria da Educação do Estado de Santa Catarina. Há 24 anos sou professor de Matemática e faço a complementação de carga horária em Ciências e Biologia. Meus primeiros anos de estudo ocorreram na E.E.B.Prof. José Cesário Brasil, em Celso Ramos, onde coincidentemente também iniciei minha carreira no magistério. Comecei o segundo grau no Seminário São Carlos, em Guaporé, no Rio Grande do Sul e acabei no Colégio Mater Dolorum, em Capinzal. Fiz faculdade de Matemática na UPF, em Passo Fundo, com complementação em Ciências e Biologia na FACEPAL de Palmas, no Paraná. Pós Graduação em Interdisciplinaridade e Especialização pela UFSC na área de Química.
Ser professor nos dias atuais é um desafio, pois muitas vezes percebemos os comportamentos desiguais do ser humano, em uma sociedade moderna com novas tecnologias e com uma infinidade de informações, por vezes mais interessantes para os alunos fora do ambiente escolar, mais dinâmico e atrativo, enquanto em sala de aula o processo ensino-aprendizagem acaba sendo limitado. As crianças têm sede de novidades e de situações desafiadoras.
Muitas vezes, em sala de aula, lembro-me da primeira professora que tive, Dona Olga, a forma, o comportamento, a maneira de ensinar, o carinho ao aproximar-se de nós, com que pegava em nossas mãos e nos ensinava como segurar um lápis, que até então era um dos materiais que mais se ocupava, ela não ensinava apenas a escrever, ela ensinava o formato dos desenhos das letras e dos números. Hoje é tudo diferente, se perderam ou se esqueceram alguns costumes? Sinto saudades do tempo em que fui aluno, mas sei que agora tudo é diferente. Novos tempos, novos alunos, novas metodologias de ensino e portando, novos professores, capazes ainda de apaixonar-se pela arte de ensinar.